Floripa
Lá vou eu organizar/registrar as lembranças no medium… E dessa vez é necessidade, porque Florianópolis está sendo redenção.
Então, o exercício aqui vai ser tentar olhar para a semana com um olhar diferente; positividade e gratidão. É a proposta da psico, aliás. Porque chega de tristeza e pessimismo né, Germano?!
Ou seja, se você está lendo isso, prepare-se para muita vaidade, presunção e imodéstia.
Pra começo de conversa, eu reuni amigos de mais de quinze anos de história. Que, separados pelo tempo e pela distância, se uniram novamente incentivados por mim. Pedante, né?
Bom, eis aí a foto dos meninos que não perderam a sua essência.
Vitor (à minha esquerda) tá meio diferente, é verdade. Parou de jogar coquinho na minha cabeça e agora fala sobre bitcoin e planos para o futuro. Menos chato.
Aliás, ambos estão menos chatos.
Will (à direita) parou de quebrar o lustre da garagem do meu pai e fazer estardalhaço na rua do Felipe, tirando o vô do Felipe do sério. Agora tem planos pra casar e é empreendedor. Sério, sisudo.
Todos os três seguem sendo moleques. A minha teoria era ‘que amigos de infância se reunindo voltariam às origens. Crianças de novo por um dia.’ Mas a noiva do espalhafatoso afastou essa hipótese.
E o que isso significa? É possível manter ou recuperar a nossa essência de criança.
Era exatamente o que eu estava precisando?
Segundo esnobismo do dia: eu vivi e incentivei o nirvana. O puro estado de felicidade e plenitude.
E o melhor de tudo é que eu tenho todo o mérito disso.
- Fui eu quem ligou para a mãe e teve a coragem de dizer que a ama antes de pegar a estrada;
- Fui eu quem convidou a todos e teve a iniciativa de propor a trip;
- Fui a pessoa que se mostrou aberta e confiável para escutar o amigo desabafar; e
- Fui eu quem conquistou uma mulher incrível e fez dela um porto seguro pra poder desabar em lágrimas. Ser vulnerável.
Percebe que sem as pessoas eu não conseguiria, mas note como eu fui responsável pela minha própria felicidade.
De nada adianta você ter pessoas abertas e disponíveis se você não busca a profundidade, a conexão.
Ela disse que nós precisamos fazer a nossa parte. Investir nos relacionamentos.
O Germano de anos e meses atrás, rodeado de pessoas e sozinho ao mesmo tempo, cheio de relacionamentos rasos e apáticos, perdendo amigos pelo caminho, era o principal responsável pela solidão e apatia.
Por fim, da Joaquina vem a terceira imodéstia dessa história toda: saber respeitar os meus limites, apreciar a minha própria cia. Autoconhecimento!
Parei com a palhaçada de fazer companhia e sala para as pessoas só por educação. Afinal, é desrespeitoso comigo e com o outro.
O que aconteceu na Joaquina foi eu vazar do tédio e ir fazer qualquer outra coisa mais interessante comigo mesmo. Meditar, por exemplo, ou ficar no celular e ir tomar um chop sozinho. No mesmo bar, por que não?
Floripa não terminou, mas tem tudo pra ser a semana do ano.
No final do dia, espero que a terapeuta esteja certa e que eu esteja progredindo. Que a ilha dos manés não seja só uma fenda no universo.
